terça-feira, 19 de março de 2013

I WORKSHOP EM COMEMORAÇÃO AO DIA INTERNACIONAL DO COMBATE A DISCRIMINAÇÃO RACIAL


A Secretaria de Assistência e Ação Social, através do Departamento de Promoção da Igualdade Racial, realiza, na próxima quinta-feira, 21, no Centro Comunitário Municipal, das 08h às 12h30min, o I Workshop em comemoração ao Dia Internacional do Combate a Discriminação Racial: data escolhida em memória ao episódio conhecido como “Massacre de Shaperville”.

Será uma manhã de reflexão e debates com palestras, apresentações artísticas (grupo de capoeira, dança afro), show musical e exposições de artes visuais. “Esta é mais uma ação pelo fim do racismo e uma prova do comprometimento do governo municipal com a luta anti-racista e a defesa do povo negro”, declara Aline Regina, coordenadora do Departamento de Promoção da Igualdade Racial de Barra dos Coqueiros.

Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD – em seu relatório anual, "para conseguir romper o preconceito racial, o movimento negro brasileiro precisa criar alianças e falar para todo o país, inclusive para os brancos. Essa é a única maneira de mudar uma mentalidade forjada durante quase cinco séculos de discriminação”.

A Prefeitura Municipal de Barra dos Coqueiros consciente deste programa (PNDU) faz a sua parte promovendo eventos e ações que visam o combate a qualquer tipo de discriminação e a luta pela superação das desigualdades raciais. "É importante que não somente neste dia, mas cotidianamente, lutemos por uma sociedade de fato democrática, igualitária, unindo forças em prol de um país que contemple a igualdade entre todos”, declarou o prefeito Airton Martins.


HISTÓRICO
A data de 21 de março foi instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o “Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial” em memória do Massacre de Shaperville, ocorrido em 1960, em Johanesburgo, na África do Sul, e que resultou na morte de 89 pessoas, além de ter deixado 186 pessoas gravemente feridas.
Naquele dia, cerca de 20 mil negros e negras protestavam contra a “lei do passe”, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular.
Transformado em exemplo mundial da face mais asquerosa do racismo, o Massacre, por exemplo, impulsionou o ascenso das lutas pelos direitos de negros e negras pelos direitos civis e ações afirmativas, nos EUA, tendo inspirado a militância de ícones do movimento negro como Malcolm X, Martin Luther King e os Panteras. Todos eles referências, até hoje, para nossas lutas.
O crime praticado pelo regime do apartheid repercutiu no mundo inteiro e praticamente obrigou a aprovar uma convenção (da qual o Brasil é signatário) na qual se afirma que a “discriminação Racial significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e/ou exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida.”

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